Uma grande parte
dos casos que tenho tratado ao longo de minhas consultas profissionais
diz respeito à Síndrome do Pânico. E o que vem a ser isto? Trata-se na
verdade de um distúrbio fisiológico emocional que afeta homens e
mulheres sem discriminar idade, religião, posição social ou econômica.
Esse distúrbio, há tempos atrás, era chamado de neurose de angústia e,
na verdade, caracteriza estados de ansiedade intensos - mesmo que às
vezes breves - e que se apresentam de forma espontânea.
Estas crises
surgem subitamente e às vezes duram até horas, pois a ocorrência é
imprevisível. São sentimentos de apreensão, medo e temor, que afetam o
corpo físico, podendo ocasionar entre outras coisas respiração curta,
palpitações, dor no peito, sensação de asfixia, tontura, sentimento de
irrealidade, formigamento das extremidades, calafrios, calor, suor,
fraqueza e tremor. As pessoas com este problema reagem de maneira
exagerada e desproporcional às menores tensões e a qualquer
aborrecimento. Parecem estar sempre preocupadas e ansiosas, tudo as
afetam de uma maneira drástica. Não existem causas específicas que
levem à angústia e os sintomas mais comuns são tensão muscular,
problemas digestivos e cefaléia, os quais são acompanhados de
sintomas psicológicos.
Às vezes essas
crises são tão fortes que se tem medo da perda do controle. Em
decorrência do problema, há perda de concentração e de sono, fazendo
com que as pessoas se sintam cansadas e tenham o seu nível de
produtividade diminuído; muitas vezes estes sintomas levam a um
aumento de ansiedade e a uma sensação de irrealidade, podendo dar
causa até a um sentimento de depressão. Isto tudo pode levar a fugas
em bebidas e drogas. Com o decorrer do processo, o medo aumenta e as
pessoas podem desistir de fazer coisas que as deixem ansiosas,
culminando até a não sair de casa.
O tratamento usado
compreende o uso de drogas (muitas vezes anti-depressivos) e
principalmente a terapia para reduzir o nível de ansiedade.